Tem. !!!
El Cid (Rodrigo, ou Ruy, Diaz, Conde de Bivar)
Este grande herói, muito popular na Idade Média em Espanha,
nasceu em Vivar, pequena aldeia situada a 7 Km da cidade de Burgos, em 1043,
e morreu em Valência em 1099. Foi-lhe concedido o título de Cid
(Senhor ou Chefe) pelos Mouros e o de Campeador (Campeão) pelos seus
feitos heróicos. Os seus restos mortais e os de sua esposa Ximena repousam
na Catedral de Burgos, mas o seu espírito ainda se encontra presente
nos nossos dias.
O seu nome chegou até nós como o personagem de uma longa série
de feitos heróicos nos quais ele é a figura central da longa
guerra entre a Espanha Cristã e os Mouros.
Apesar da grande distância que nos separa da sua época, são
conhecidas com grande exactidão a sua vida e obra, os feitos que o
distinguiram, a sua vida familiar, e até mesmo o seu cavalo e as suas
espadas são por muitos admirados...
O Rei D. Fernando I de Espanha, antes de morrer em 1065, tinha dividido os seus domínios entre os seus 3 filhos, Sancho, Afonso e Garcia e as suas 2 filhas, Elvira e Urraca. Mas Sancho, o mais velho, a quem tinha cabido o Reino de Castela, pensava ter o direito de herdar a totalidade dos domínios de seu pai, evocando que teria sido forçado a aceitar tal decisão.
Assim iniciou uma guerra contra os irmãos, no sentido de se tornar
o único sucessor do seu Pai.
Rodrigo, que aos 15 anos tinha ficado órfão de pai e tinha sido
criado na corte do Rei D. Fernando I juntamente com o príncipe Sancho,
tinha estudado letras e leis e também tinha tido treino militar, envolveu-se
igualmente nessa disputa.
Aos 23 anos obteve o título de “Campeador” ao vencer em
duelo pessoal o Comandante-Chefe das tropas do Reino de Navarra.
Sancho acrescentou aos seus domínios os Reinos de Leão e Galiza e as cidades de Zamora e Toro que pertenciam a suas irmãs. Tendo morrido numa batalha, sucedeu-lhe o irmão Afonso como Rei D. Afonso VI, que Rodrigo viria a representar em inúmeras missões diplomáticas.
Rodrigo viria posteriormente (em 1076) a ser banido do reino de D. Afonso
VI por ter sido acusado de reter em seu poder parte do tributo que tinha sido
mandado receber ao rei de Sevilha.
A partir dessa altura começou a sua carreira como Soldado da Fortuna,
que foi tema de poetas espanhóis dos tempos modernos e que, imortalizado
pela tradição e pela lenda, o tornaram no famoso “El Cid,
o Campeador”.
Mais tarde, desterrado em Valência por ordem de D. Afonso VI, passou
aí o resto dos seus dias. As suas duas filhas casaram com o Infante
de Navarra e o Conde de Barcelona.
O “Cantar del Cid”
“O cego sol, a sede e a fadiga.
Pela terrível estepe castelhana,
ao desterro com mais doze dos seus
- pó, suor e ferro -,
El Cid cavalga.”
M. Machado
Nem o próprio Cid poderia alguma vez imaginar a transcendência da sua vida depois de morrer. Todos os trovadores da Idade Média posteriores à sua morte contariam em forma de cantigas de gesta a sua vida e os seus feitos, construindo assim pouco a pouco a sua lenda.
O “Cantar del Cid” ou “Poema del Mio Cid” na realidade
não é um poema mas sim um texto para cantar, uma canção
recitada naqueles tempos medievais. O texto que chegou até aos nossos
dias é uma transcrição de um copista chamado Per Abbat
num manuscrito do séc. XIV, duma obra composta provavelmente em finais
do séc. XII. Algumas opiniões referem que seria ele o próprio
autor em vez de mero copista.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
The Catholic Encyclopedia, Volume III, Copyright © 1908 Robert Appleton
Company, Copyright © 2002 Kevin Knight.